terça-feira, 6 de dezembro de 2016

TIM – CAPÍTULO 30 – LONDRES

Saímos a poucas horas da França, o voo iria chegar em Londres em alguns minutos, conseguimos as passagens com uma das comissárias, ela dormiu com um dos nossos e pelo jeito a hipnose que Mike fez era muito boa, eu não quis me intrometer, não quero falar com nenhum humano, depois do que os mexicanos começaram a fazer, eu realmente não queria mais ter contatos por um tempo.
Uma coisa ficou em minha cabeça, minha conversa com Denise, um pouco antes de vir, ela disse que eu não podia me matar, que não podia fazer isso, que eu não deveria me infiltrar mas sim pedir ajuda a eles, dizer o que está acontecendo.
Eu não sabia o que achar, queria ver com Timóteo no que ele poderia nos ajudar. Nicholaus ter um clã a menos era algo grandioso, óbvio que ele possui muito mais força que nós de qualquer jeito, mas com sua lealdade sendo quebrada, as coisas iam se tornar mais fáceis.
O avião começou a pousar, estava chovendo pelo jeito, eu não possuía dinheiro, então teríamos que hipnotizar o taxista para chegar até Timóteo.
Não tínhamos bagagem, então fomos direto ao ponto de táxi.
-Senhor queremos pegar o táxi, mas temos dinheiro, então a corrida será gratuita para nós.- Mike hipnotizou o homem.
-Sim senhor, podem entrar e me dizer o destino.- O senhor entrou no carro.
Mike sorriu.
Eu o transformei a 20 anos, ele tinha um pulmão perfurado e seu quadril deslocado, perdia muito sangue pela boca e me implorou para o não deixar morrer, foi o que eu fiz, e desde então ele se acha a pessoa mais sortuda do mundo e acha que nasceu para ser vampiro.
Chegamos ao destino e pelo jeito Timóteo estava nos esperando, ele estava do lado de fora de sua casa, parecia um prédio, mas só possui um número e uma caixa de correio. Ele deveria ter a mesma idade de Simon, com cabelos cinzas, corpo forte e pele morena, como se tivesse ido a praia.
-Olá Senhor, sou Tim. – Falei após sair do táxi.
-Estava esperando vocês. – Ele abriu caminho para entrarmos na casa.
-Simon te avisou?-Perguntei após entrar.
-Sim, ele me disse o que querem fazer.- Ele riu. – Vamos para a sala.
Estávamos em um corredor escuro onde no final tinha uma escada com uma luz que vinha lá de cima, antes da escada havia uma porta, ele nos pediu para entrar nela.
Nos sentamos e ele ofereceu bolsas de sangue.
-Cuido de vampiros recém criados, por isso moro nesse prédio, eu posso dizer que sou o único vampiro que tem um clã.- Ele sorriu.
-Os Summers não sabem?-perguntei.
-Sei me cuidar muito bem, além de apagar qualquer resquício da passagem dos novatos.
-Mas quem os transforma? –Perguntei.
-Uns tomam sangue de vampiro sem querer, outros são transformados pelos meus próprios, sempre morre um dos nossos dentre os finais de semana.
-Há mais vampiros clandestinos aqui?-perguntei.
-Não, eles não duram muito tempo, os Summers tem domínio da região, não podem deixar que novatos façam merda.
Fiquei reparando no lugar ele deveria ter uns 200 anos.
-Bom, você sabe o que vamos fazer.- Eu falei.
-Sim e digo uma coisa, não façam.
-Mas chegamos até aqui....
-E vão fazer de outro jeito.- Ele disse.
-Como assim?-Perguntei.
-O clã inglês é o mais humanizado dentre eles, por ser mais novo eu acho, eles são mais volúveis as suas próprias escolhas do que os outros.
-Ainda não entendi aonde quer chegar.-Sorri.
-Summer  confia muito em seus filhos e eles tem muito independência no clã, eles podem colocar e tirar quem eles quiserem, eles sempre estendem a mão para quem pede ajuda, são bons e piedosos em horas ruins, mas são muito vingativos. Bom, o que eu quero que façam é que um de você entre pro clã e o destrua.
-Isso será possível?-Perguntei.

-Com minha ajuda? Com toda certeza.- Ele sorriu e começou a tomar sua taça, eu não sabia se de vinho ou sangue.

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