quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

BRUNA – CAPÍTULO 31 – NÃO É O MESMO

Estávamos em um trem, Drake hipnotizou a mulher que recebia os tickets e os passageiros que estavam em nosso acento, eles deram seus tickets e saíram do trem, ele fez com uma naturalidade, como se sempre fizesse isso, eu não sei fazer direito, isso que sou mais velha que ele em idade de vampiro.
Eu sentia nele uma raiva que ele não expressava e não colocava para fora, eu não sabia por que e por quem. Comecei a conversar com ele, a viagem demoraria algumas horas, então tínhamos que saber mais um do outro.
-Você está bem?-perguntei.
-Estou, por que não?-ele estava na defensiva.
-Por que você está estranho.-Falei.
-Eu morri garota, você quer o que?
-Não é só isso.-Falei.
-Quer tricotar? Ser BFF?-Ele riu da minha cara.
-É ela não é?
-Quem?-Ele falou.
-Lisa.
Ele riu.- O que houve Bruna?
-Você estava apaixonado quando morreu.
-Cala a boca.- Ele disse e pegou uma revista que estava no chão ao seu lado.
-Sim, você queria estar com ela agora.
Ele sutilmente e rápido colocou sua mão em meu pescoço e começou a apertar firme, fazendo uma pressão aumentar em minha cabeça, parecia que ela iria explodir.
-Você não vai calar sua boca?-Ele me soltou após.
Ninguém havia visto, isso era estranho, pelo jeito foi muito rápido.
Eu fui para o banheiro, queria quebrar tudo, mas principalmente a cara dele, por que ele fez isso? O que ele queria de mim?  Não era esse garoto que eu queria na viagem, queria aquele Drake que conheci, que me ajudou quando tudo aconteceu e me defendeu enquanto todos queria que eu morresse. Esse parece ser uma versão maluca e psicótica. Não entendo como o vampirismo o afetou tanto. Foram os motivos de sua morte? Foi os acontecimentos repentinos? Não dá para entender ele, pode ser que sua cabeça esteja em transformação, mas não deveria agir tão radicalmente.
Eu me sentei ao seu lado, não o olhei apenas fiquei olhando para o corredor e vendo as pessoas, e como elas estavam cagando para suas vidas, não sentiam a importância de respirar e poder andar normalmente perto de outras pessoas. Isso me fez lembra Simon, ele teria nos matado se descobrisse, ele não iria deixar dois recém criados irem em um trem cheio de carne humana ambulante. Ele teria me protegido do Drake, ele teria brigado com Drake, ele me pegaria e me levaria para longe, mas agora longe eu estou, longe de um conforto e perto de um maníaco.
Após 5 horas de viagem chegamos em Paris, eu apenas queria respirar o ar Francês, não interessa se ele não fazia mais efeito para mim, mas eu precisava sentir o cheiro da arte, da cultura e da classe que Paris tem.
-Vamos para onde? – Ele me perguntou.
-Você escolhe Majestade.- Me curvei.
-Você vai ser ridícula na viagem?
-Você vai ser um merda?-Perguntei.
Ele riu. – Você fica excitante nervosa.- Ele me puxou com seu braço pelo pescoço, me colocou colado nele e seguimos como se fossemos um casal. Isso eu gostei, mas tinha medo.
Andamos mais um pouco e chegamos em frente a um ponto de táxi.
-Me diga para onde vamos?-Ele perguntou.
-Você que escolhe.
-Não, você Bruna, é um pedido de desculpa, hoje o dia é seu.- Ele sorriu.
Eu não me aguentei e o beijei na boca.- Quero o hotel mais caro de Paris.
-Ele será nosso.- Drake sorriu e entramos no táxi.
Óbvio que no final, Drake hipnotizou o taxista e chegamos em frente ao Four Season Hotel George, na sua maravilha clássica, eu me sentia em um filme romântico, era tudo lindo e impecável.
Chegamos a recepção e Drake começou a falar em Francês. Eu estranhei.
-Você sabe falar Francês?-Perguntei assustada.
-Sim, aprendi no trem?
-Como?
-Lendo a revista.-ele riu.
-Mas rápido?
-Minha cabeça esta sem bloqueios, apenas comecei a ler a revista, e minha cabeça começou a similar com vocabulário inglês, nossa própria mente faz isso.
-Então o que você pediu pra ele?
-Um quarto no nome dele, já que somos amigos dele e ele fará todas as despesas em seu nome.
Eu apenas ri e me senti culpada, provavelmente aquele homem seria demitido. Provavelmente uma taça de champanhe deve ser o salário dele.
Fomos para o quarto, ele era enorme lindo, com textura azul nas paredes e na cama, com tom clássico e móveis antigos e a varanda, eu sai correndo até ela, ela tinha vista para Torre Eiffel.
-É magnifico.-Eu sussurrei. Drake chegou em minha costas e me abraçou.-Eu amo isso.
-Ama o que?- Ele perguntou.
-Amo estar com você aqui, só nós dois.
-Será pra sempre.- Ele me virou e começou a me beijar. Fomos até a cama, eu sei que ele queria algo, mas eu o parei.
-Vamos jantar e depois faremos.-Eu sorri.
-Jantaremos no restaurante mais caro.- Ele falou.
-Então irei as compras e volto logo.- Eu sorri e o beijei.
-Lhe espero aqui.- Ele sorriu.
Eu saí pelas ruas e fui atrás de grifes e lojas caras, hipnotizei atendentes, cuidei para que ninguém visse, mas posso dizer que muitas mulheres não receberão salário esse mês. Tudo era mágico, me dava vontade de sair saltitando por aí, a música, as cores, o estilo, tudo me fazia sorrir, eu não queria ir embora nunca mais deste lugar, se pudéssemos, pegaríamos uma casa, ajeitaríamos ela, e ficaríamos ali, teríamos alimentação e tudo mais, mas sei que eles iam vir atrás dele, e isso não iria demorar, ele vai ser perseguido para sempre e eu não podia deixar isso, eu teria que ajuda-lo e principalmente ajuda-lo a controlar suas emoções, a voltar  a ser o garoto que pela qual eu me apaixonei. Mas tinha uma coisa boa nisso, nós poderíamos viajar pelo mundo inteiro, cada semana em um país e cada semana fazendo amor com uma vista diferente.
Ao voltar ao hotel uma pequena e desagradável surpresa. Entrei no quarto e Drake estava lá nu e dormindo com mais três mulheres, elas estavam sem mordidas, mas nuas também. Eu derrubei as sacolas e sai do hotel correndo, eu queria ir embora, fugir, ir para qualquer lugar, menos ficar ali com aquele merda, eu estava planejando coisas, sendo idiota, pensando que ele poderia mudar por mim, mas não podia, eu fui atrás de alguém na rua, pedi o celular da pessoa e comecei a pesquisar alguns contatos que só o Senhor Google poderia me passar, achei o que eu queria.
Eu estava tremendo, nervosa e chorosa, queria bater nele, mas não queria nunca mais vê-lo. Eu sou ridícula por me apaixonar por alguém que morreu. Drake morreu, se foi, nunca mais volta ao normal, será que eu não entendia isso, será que eu não poderia ver que as coisas que pela qual ele lutava e o deixava vivo se foram também.
Digitei o número e vi que o dono do celular ainda estava ao meu lado, eu o mandei ir embora e sai para um beco entre algumas casas.
O telefone atendeu.

-Simon, por favor, vem me pegar em Paris, preciso de você e você precisa ver alguém que está aqui.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

TIM – CAPÍTULO 30 – LONDRES

Saímos a poucas horas da França, o voo iria chegar em Londres em alguns minutos, conseguimos as passagens com uma das comissárias, ela dormiu com um dos nossos e pelo jeito a hipnose que Mike fez era muito boa, eu não quis me intrometer, não quero falar com nenhum humano, depois do que os mexicanos começaram a fazer, eu realmente não queria mais ter contatos por um tempo.
Uma coisa ficou em minha cabeça, minha conversa com Denise, um pouco antes de vir, ela disse que eu não podia me matar, que não podia fazer isso, que eu não deveria me infiltrar mas sim pedir ajuda a eles, dizer o que está acontecendo.
Eu não sabia o que achar, queria ver com Timóteo no que ele poderia nos ajudar. Nicholaus ter um clã a menos era algo grandioso, óbvio que ele possui muito mais força que nós de qualquer jeito, mas com sua lealdade sendo quebrada, as coisas iam se tornar mais fáceis.
O avião começou a pousar, estava chovendo pelo jeito, eu não possuía dinheiro, então teríamos que hipnotizar o taxista para chegar até Timóteo.
Não tínhamos bagagem, então fomos direto ao ponto de táxi.
-Senhor queremos pegar o táxi, mas temos dinheiro, então a corrida será gratuita para nós.- Mike hipnotizou o homem.
-Sim senhor, podem entrar e me dizer o destino.- O senhor entrou no carro.
Mike sorriu.
Eu o transformei a 20 anos, ele tinha um pulmão perfurado e seu quadril deslocado, perdia muito sangue pela boca e me implorou para o não deixar morrer, foi o que eu fiz, e desde então ele se acha a pessoa mais sortuda do mundo e acha que nasceu para ser vampiro.
Chegamos ao destino e pelo jeito Timóteo estava nos esperando, ele estava do lado de fora de sua casa, parecia um prédio, mas só possui um número e uma caixa de correio. Ele deveria ter a mesma idade de Simon, com cabelos cinzas, corpo forte e pele morena, como se tivesse ido a praia.
-Olá Senhor, sou Tim. – Falei após sair do táxi.
-Estava esperando vocês. – Ele abriu caminho para entrarmos na casa.
-Simon te avisou?-Perguntei após entrar.
-Sim, ele me disse o que querem fazer.- Ele riu. – Vamos para a sala.
Estávamos em um corredor escuro onde no final tinha uma escada com uma luz que vinha lá de cima, antes da escada havia uma porta, ele nos pediu para entrar nela.
Nos sentamos e ele ofereceu bolsas de sangue.
-Cuido de vampiros recém criados, por isso moro nesse prédio, eu posso dizer que sou o único vampiro que tem um clã.- Ele sorriu.
-Os Summers não sabem?-perguntei.
-Sei me cuidar muito bem, além de apagar qualquer resquício da passagem dos novatos.
-Mas quem os transforma? –Perguntei.
-Uns tomam sangue de vampiro sem querer, outros são transformados pelos meus próprios, sempre morre um dos nossos dentre os finais de semana.
-Há mais vampiros clandestinos aqui?-perguntei.
-Não, eles não duram muito tempo, os Summers tem domínio da região, não podem deixar que novatos façam merda.
Fiquei reparando no lugar ele deveria ter uns 200 anos.
-Bom, você sabe o que vamos fazer.- Eu falei.
-Sim e digo uma coisa, não façam.
-Mas chegamos até aqui....
-E vão fazer de outro jeito.- Ele disse.
-Como assim?-Perguntei.
-O clã inglês é o mais humanizado dentre eles, por ser mais novo eu acho, eles são mais volúveis as suas próprias escolhas do que os outros.
-Ainda não entendi aonde quer chegar.-Sorri.
-Summer  confia muito em seus filhos e eles tem muito independência no clã, eles podem colocar e tirar quem eles quiserem, eles sempre estendem a mão para quem pede ajuda, são bons e piedosos em horas ruins, mas são muito vingativos. Bom, o que eu quero que façam é que um de você entre pro clã e o destrua.
-Isso será possível?-Perguntei.

-Com minha ajuda? Com toda certeza.- Ele sorriu e começou a tomar sua taça, eu não sabia se de vinho ou sangue.

SIMON - CAPÍTULO 29 – NOVA ESPERANÇA

Paul apareceu gritando em meu quarto, eu me assustei, estava conversando com Arthur sobre suas atitudes e ele pediu desculpas, disse que estava muito cansado da viagem, eu entendia ele, para 18 anos, ele tinha uma cabeça cheia de ocupações que não deviam estar em sua mente.
-O que houve Paul?-perguntei e o mandei sentar na cama. – Arthur me arranja copo com água.
Paul estava assustado e carregava seu celular, ele apenas virou a tela para mim.
-Que merda. – falei após ler.
- O que houve tio?- Arthur me perguntou quando deixava o copo com Paul.
-Jarred voltou pra mansão.
-Ele é burro ou algo assim?-Arthur me perguntou.
-Ele acha que pode fazer Drake voltar ao normal.
-O garoto é um vampiro, não tem como.- Arthur riu.
Eu me sentei ao lado do Paul, ele havia parado de tremer e tinha tomado o copo de água.
-Vamos deixar ele lá?-Paul me perguntou.
-Não sei o que fazer, eu deveria ir?-Para chegar nesse estado, eu não sabia mais o que fazer.
-O garoto não vai ser morto, não por agora, o que podemos fazer é ir atrás do Drake.- Arthur disse.
-É o que também acho.- Concordei.
Bateram na porta, eu mandei entrar. Tracy e Caroline entraram.
-Ouvimos um barulho, está tudo bem?- Tracy perguntou.
-Nem tanto.- Apenas sorri.
Após contar para as meninas o que estava acontecendo, Tracy mandou a gente ir atrás de Jarred, eu a expliquei a situação, ela não aceitou e saiu do hotel, Caroline estava pálida e não quis falar nada, ela diz que confia na gente, algo que não sei mais se é certo. Drake sumiu e junto com ele Bruna, a qual eu achava que poderia nos ajudar nessa situação. A única ideia que eu tinha era ir falar com Lisa, mas não sabia como.
Paul se acalmou e foi dormir, Arthur foi falar com seus amigos e os mandou voltarem para Paris esperarem alguma notícia dele. Eu fiquei deitado pensando em como meu pai pedia para mim ser mais maduro, ele sempre achava que eu estava brincando com tudo isso, mas na verdade eu nunca achei que as coisas iriam ficar sérias. Quando conheci John ele tinha 18 e eu 28, se passou 22 anos desde aquele dia, faz 21 anos que espero o momento em que eu deveria proteger Drake, mas não consegui, nem mesmo cheguei perto. Talvez meu pai tinha razão, eu nunca ia ser um bom caçador.
Depois de meus pensamentos, tentei dormir, mas não consegui, principalmente por que alguém bateu na porta, ao abrir uma nova esperança apareceu.
-Você veio?-Eu fiquei feliz e assustado.- Como soube que eu estava aqui?

-Desculpe Simon não avisar, mas eu quero matar o homem que matou meu filho.- Diana estava diferente.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

JARRED – CAPÍTULO 28 – ENTREGUE

 Estávamos na estaca zero novamente, não sabíamos onde Drake e Bruna estavam, não havíamos como entrar em batalha com os vampiros, a única coisa que eu sabia é que eu tinha que tentar pedir ajuda a uma pessoa, a Lisa.
No quarto estávamos eu, Paul e Compton. Simon estava em seu quarto conversando com Arthur e as meninas estavam em outro.
-E agora o que vamos fazer? – Paul perguntou.
-Não sei. – Falei.
-A Bruna realmente não está do nosso lado.- Paul riu.
Eu achava que podia confiar nela, mas pelo jeito Bruna só pensa nela.
Compton estava dormindo e roncando, pelo menos alguém estava podendo descansar, no meio dessa loucura eu queria ter alguma certeza. De repente um estalo veio em minha mente. Eu sabia que tudo podia dar errado, mas se desse errado é porque não há esperança.
-Eu vou ter que sair Paul, já volto.- Me levantei e peguei meu celular.
-Onde você vai Jarred?
-Vou dar uma volta.
-É perigoso.
-Vou levar uma arma, não se preocupe.-Eu disse.
-Mas...
-Eu preciso Paul.-Eu olhei direto em seus olhos.- Confie em mim.
Paul ficou quieto e se deitou na cama, eu aproveitei e saí, ao descer as escadas mandei mensagem para Lisa pedindo para me ligar.
Em poucos minutos ela me ligou.
-Me encontre na mata.- Eu a disse.
-Está bem.- Ela disse e desligou, mas dava para perceber pela sua voz que ela não estava bem.
Eu fui para mata, não deu um minuto e ela apareceu no estilo vampiro.
-Você está bem?-perguntei a ela.
-Drake mudou.-Ela disse.
-Todos falam isso.-Eu disse.- Ainda tenho esperança.
-Alguém tem que lutar por ele.- Ela sorriu mas cabisbaixa.- O que você quer comigo?
-Quero voltar para a mansão.
Ela riu.
-Você que morrer?
-Não, quero ser uma armadilha.-Eu disse com toda a certeza.
-Não estou te entendendo.- Lisa disse.- Ele não vai voltar por você.
-Mas eu tenho que tentar. – Eu disse.
-Mas tem mais coisas nessa armadilha.-Eu disse.
-O que mais?-Ela me perguntou.
A noite estava gelada, e o quarto da mansão mais ainda, muitos vampiros não entenderam o que eu fiz, demorou para Lisa entender, mas eu sabia que isso podia dar certo. A mãe de Lisa me chamou de corajoso, eu apenas a disse que não deixaria meu amigo morrer.
Antes de dormir mandei uma mensagem para Paul, eu sei que ele iria se culpar, mas ele tinha que entender meu lado.
PAUL, TUDO QUE EU FOR DIZER É UMA DECISÃO MINHA, ESPERO QUE TODOS ENTENDAM E NÃO VENHAM ATRÁS DE MIM. EU VOLTEI A FICAR COMO REFÉM DE NICHOLAUS, NÃO QUERO QUE VENHAM, POIS ESSA É MINHA INTENÇÃO, QUERO QUE DRAKE SAIBA E QUERO QUE ELE SAIBA QUE SÓ QUERO SER LIBERTADO QUANDO ELE TENTAR VOLTAR A SER O QUE ERA, NEM QUE ISSO DEMORE DÉCADAS.
PS.: ISSO NÃO É SUA CULPA, EU IA VIR DE QUALQUER JEITO.
Paul iria ficar maluca, mas ele vai entender, ele faria o mesmo, claro, se tivesse a ideia. Não sei onde Drake está, mas espero que tudo chegue o mais rápido em seus ouvidos, espero que ele ao menos sofra por dentro, senão já está tudo perdido.

Me deitei na cama e fui para debaixo dos lençóis, Apesar de tudo isso ser um pouco apavorante, não imagino de ter dormido em uma cama tão macia quanto está. Acho que agora eu poderia fazer a mesma coisa que Compton, me deitar e esquecer do mundo, esquecer dos problemas.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Capítulo 26 - Slade - Em vão

James estava em Paris para conversar comigo, eu estava esperando o em um restaurante, a noite caía e fazia com que o movimento aumentasse. Mas ele chegou.
-Recebi más noticias.-Ele chegou falando direto.
- O que houve?
-Houve um ataque na mansão.-Ele disse nervoso.
-O que aconteceu?
-Um grupo de caçadores atacou a mansão.-Ele disse mais nervoso.
-Eles levaram as crianças, não é?
-Sim.-Ele falou cabisbaixo.
-E Lisa?
-Ela está lá, está tudo bem com ela e sua mãe, mas vinte vampiros morreram.-Ele me olhou.
-Ou seja, todos que estavam no momento.-Eu gritei e esqueci que estávamos no restaurante.-Nicholaus vai me matar e eu te matar.
-Eu deveria...
-Ter treinado eles melhor, primeiro eles deixam uma recém criada fugir e agora, bom eles eram tão inúteis que morreram.-Eu o peguei pelo pescoço e o puxei pra cima da mesa.-Se alguma coisa tivesse acontecido com Lisa, eu te mataria aqui.
-Eu mereço senhor.-Ele disse quase chorando.
Eu o soltei.
-Vou falar com Nicholaus, tentar arranjar mais vampiros.-Eu me levantei.-Enquanto isso volte pra mansão, cuide da Lisa, ou as consequências serão horríveis pra você.
Eu sai e peguei o carro que estava no estacionamento ao lado, agora eu teria que ouvir horrores de Nicholaus e com toda razão, o pior que agora sem o garoto e sem as crianças, a caça ia ser mais complicada.
Cheguei no hotel e na porta do quarto de Nicholaus e um dos vampiros que cuidam dele estava na porta.
-Não pode entrar senhor ele está ocupado.
-É urgente.-Eu disse.
-Espere ele terminar os assuntos dele.- O vampiro disse.
Eu conseguia ouvir o barulho la dentro, e os assuntos dele eram na cama com alguma mulher.
-Quando ele se liberar, me avise, estarei em meu quarto.-Me dirigi ao quarto a espera de ver ele todo bagunçado por causa de Carmem, mas ao chegar não havia nenhum sinal dela.
Onde ela se meteu?
Eu tentei ligar para ela, mas só na caixa postal.
Depois ela apareceu, me sorriu e disse que foi sair um pouco para ver as vitrines, mas o cheiro que eu senti de longe que vinha de seu corpo era de testosterona de algum homem.
-Que bom querida.-Eu apenas sorri.

Compton - Capitulo 19 - Virando refém

Eu estava com medo? Sim totalmente, mas eu tinha que fazer isso, eu estava indo pronto para dar qualquer merda, mas pelo menos ainda tinha o gosto do beijo de Denise na minha boca, era doce e ótima, mas de alguma forma aquilo era ruim, eu podia estar na cama com ela, mas estava indo para o abate.
Não havia uma estrada em direção a mansão, apenas um corredor de árvores, provavelmente para humanos não irem incomodar eles.
Cheguei ao portão tinha dois vampiros por lá.
-Voltou aqui chefe?-Um deles riu.-Que perder a batalha de novo?
-Quero me render.-Eu disse.
-Como assim?-O outro perguntou.
-Quero ser refém, quero ver Drake tanto quanto vocês.
Um deles entrou e uns segundos depois voltou.
-Entre, James irá falar com você.
Eu entrei no portão estranhando, a mansão era longe do portão então tive que caminhar por um tempo, mas chegando mais perto, vi que em uma das sacadas do segundo andar tinha Bruna. Ela me viu e saltou de lá e veio correndo.
-Você está livre?-perguntei.
-Lisa disse que não precisávamos ficar presos.-Ela disse.
-Estão todos bem?-perguntei.
-Sim, venha.-Ela foi andando comigo.
-Vim ficar com vocês.
-Cadê  os outros?-Ela perguntou.
-Estão atrás do Drake.
-Vai ser dificil achar ele.-Ela disse.
-Eu sei, mas temos que tentar.
-Queria estar com ele.
-Temos que esperar.-Eu disse.
Entrando na mansão Lisa estava na sala sentada com Jarred, ela me olhou estranhamente.
James apareceu na hora e como vento me pegou pelo pescoço, Bruna o mordeu e ele a jogou longe, ele me soltou e Lisa o derrubou.
-Que bagunça é essa?-A mãe de Lisa chegou nas escadas.
-Ele veio por algum motivo.-James disse.
-Vim cuidar das crianças.-Eu disse.
-Não, você está planejando algo.
-Me revise, não tenho nada.-Eu sorri para ele.
-Mas vai planejar algo.
-Não vou.
Lisa chegou perto de mim.
-Ele não tem nada.
-Viu só?-Eu ri.
-Mate ele.-James gritou.
-Não!Sem mortes.-Lisa disse.-Ele será nosso refém.
James se levantou e foi até Lisa.
-Uma hora sua cabeça vai rolar por causa deles.-James saiu como o vento derrubando vários vasos que tinham no Hall.
-Estão com Drake?-Lisa perguntou.
-Não, mas tenho esperanças que em breve.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Tracy - Capitulo 12 - Talento de Matar

 A mata apesar de assustadora a noite era o lugar que mais me tranquilizou, ninguém me entendia, ninguém sabia o que eu estava passando, ver Drake se transformar é ver tudo pelo que o pai dele lutou ir por água abaixo, e parecia que todos queriam ver o pior.
 Ouvi barulhos na mata, tentei ver a direção, até que vi vultos ao meu lado, eu fiquei parada, sabia que eram vampiros, e qualquer movimento eles iam escutar, mas não adiantou, um deles gritou e eu saí correndo antes que desse tempo eu caí no chão, um deles chegou e apertou meu pescoço.
-Você vem comigo garota.
Minhas mãos pareciam pegar fogo, eu tentei algo para ver se ia dar algum efeito, encostei minhas mãos no rosto dele e de repente começou a queimá-lo. Ele me largou e começou a gritar de dor, eu vi que o outro estava no chão, não sabia porque, mas fiquei prestando atenção no que me encostou, eu encontrei um pedaço de madeira no chão e fui até ele e finquei onde estava queimando. parecia papel, ele queimava lentamente sua pele, como papel, apenas com brasa. Após enfiar ele gritou mais ainda, de repente a queimadura começou a queimar sua blusa e quando atingiu seus peitos, ele ficou todo cinza e caiu duro no chão.
 Eu não sabia que podia fazer aquilo, mas de alguma forma amei. Me lembrei do outro corpo e fui ver, estava ainda atirado no chão, percebi que tinha um buraco onde era para estar seu coração, ouvi um barulho atrás de mim, me virei e vi um homem com a mão e sua camisa cheia de sangue, em uma as mãos estava segurando o coração que retirou do vampiro, não dava para ver seu rosto, mas aos poucos com a fisionomia vi que era Drake.
-Drake?
-O que está fazendo aqui? - Ele falou sério.
-Estava pensando na vida.-Sorri.
-Não devia estar aqui.-Ele falou sério.-Volte pro hotel.
-Venha comigo.
-Não posso, eles estão atrás de mim.-Ele disse.
-Quem?
-Esses homens e estão atrás dos meninos, vá salvar eles.-Ele sumiu como o vento.
Me apavorei com o que ele disse e saí correndo.